A prefeita de Marituba (PA), Patrícia Alencar (MDB), se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quinta-feira (5) após a divulgação de um vídeo em que aparece dançando forró de biquíni. O conteúdo, publicado inicialmente em um perfil privado no Instagram, vazou e viralizou, provocando uma onda de críticas e apoios à gestora.
Embora o vídeo não tenha sido compartilhado por canais institucionais, o episódio reacendeu discussões sobre os limites entre vida pessoal e imagem pública de autoridades eleitas, especialmente quando se trata de mulheres. Patrícia, que tem 37 anos, é mãe de três filhos e comanda Marituba desde 2021. Ela foi reeleita em 2024 com ampla vantagem, somando 71,5% dos votos válidos.
“Infelizmente o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política”, afirmou a prefeita. “Quando um homem se diverte ou relaxa, é visto como autêntico. Mas, quando se trata de uma mulher, ela é julgada, como se isso anulasse sua competência”, completou.
A trajetória de Patrícia Alencar tem sido marcada pela autenticidade nas redes sociais. Natural de Bodocó (PE), ela se mudou para o Pará há 16 anos, começou como ambulante e ingressou na política em 2020. Desde então, vem ganhando popularidade nas plataformas digitais, onde soma mais de 700 mil seguidores em seu perfil público no Instagram.
Nas redes, a repercussão do vídeo gerou uma polarização. Críticos apontaram que a gravação compromete o decoro exigido pelo cargo e poderia desviar o foco dos problemas enfrentados pela cidade. “O cargo exige postura, mesmo fora do gabinete”, comentou um internauta. Outros, no entanto, defenderam o direito de Patrícia a uma vida pessoal livre de julgamentos morais. Para esses apoiadores, a atitude revela uma líder conectada com a população e com a realidade da maioria das mulheres brasileiras.
Em tom de desabafo, a prefeita também se manifestou por meio de seu perfil oficial. “Mulher pode ser trabalhadora, mãe e ‘bonitinha’”, escreveu, sugerindo que o episódio revela mais sobre os padrões machistas ainda presentes na política do que sobre sua conduta pessoal.
O caso continua gerando reações — entre memes, críticas e manifestações de solidariedade — e levanta questões sobre a exposição de figuras públicas, os julgamentos de gênero e o espaço das mulheres na política contemporânea.
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