A Operação Caminhos Seguros, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e deflagrada pelas forças de segurança do Tocantins no final de abril, foi concluída com resultados significativos no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Ao todo, 220 pessoas foram presas, sendo 169 em flagrante e 51 por mandado judicial. A operação também resultou no resgate de oito crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual.
Foram mobilizados 465 policiais e 181 servidores de órgãos parceiros, com o uso de 187 viaturas e sete veículos de apoio. Durante os dias de atuação, foram cumpridos 154 mandados de busca e apreensão, 611 blitz policiais, e 303 diligências voltadas à apuração de denúncias e responsabilização de agressores.
Além disso, a operação abordou 8.984 pessoas e fiscalizou 7.993 veículos. Ao todo, 484 vítimas – entre crianças, adolescentes e familiares – receberam atendimento, e oito pontos de exploração sexual infantil foram confirmados pelas equipes de investigação. Também foram registrados 29 boletins de ocorrência, instaurados 72 inquéritos policiais e lavrados 66 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).
No eixo preventivo, as ações educativas alcançaram mais de 35 mil pessoas com 186 palestras e 98 panfletagens em escolas e espaços comunitários. Os temas abordaram os direitos da infância, riscos da exploração sexual e canais de denúncia como o Disque 100.
O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, destacou a mobilização como resposta estratégica frente ao aumento de crimes sexuais. “Nosso compromisso é garantir proteção integral a crianças e adolescentes”, afirmou. O delegado-geral Claudemir Luiz Ferreira ressaltou o caráter integrado da operação. “Os dados refletem um esforço coletivo entre repressão qualificada e acolhimento.”
O projeto Mapear, da Polícia Rodoviária Federal, também foi fundamental para identificar pontos de risco nas rodovias federais. A Polícia Científica contribuiu com 200 exames periciais, sendo 57 para apuração de crimes sexuais.
O diretor do SIOP e coordenador da operação no Tocantins, delegado Anderson Casé, apontou a atuação interinstitucional como elemento central do sucesso. Representando o Ministério Público do Trabalho, o procurador Márcio Ribeiro afirmou que o modelo de ação articulada deve ser contínuo. “É fundamental garantir não só repressão, mas também a prevenção desses crimes.”
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