Nesta quarta-feira (26), durante as ações da Operação Rota Caipira, a Polícia Federal (PF) prendeu César Trindade, proprietário de uma concessionária de carros em Araguaína. O empresário foi uma das 28 pessoas que tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça Federal do Tocantins na operação Rota Caipira
A investigação tem como objetivo combater o contrabando de cocaína de países andinos para os estados do Pará, Tocantins e Maranhão, utilizando aeronaves adaptadas. Durante a operação, 28 pessoas tiveram as prisões preventivas decretadas em 13 estados.
A polícia acredita que César Trindade era um dos financiadores do tráfico internacional de drogas e também estaria envolvido em lavagem de dinheiro, utilizando carros de luxo e outros bens. O advogado de defesa de César, Edgar Luiz Mondadori, afirmou que seu cliente é um empresário respeitável e que irá provar que ele não tem participação nos crimes imputados a ele:
“No decorrer deste inquérito policial, vamos comprovar que ele não tem nenhum tipo de participação nesses crimes que estão sendo imputados a ele. Já tem até reportagens colocando ele como chefão do tráfico, sendo que o César é um mero empresário, aonde ele faz vendas e trocas de veículos. Com isso foi cogitado que ele teria alguma participação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mas nós iremos comprovar no decorrer desse processo que ele não tem nada a ver com esses crimes que estão sendo imputados a ele”,
disse Edgar.
Os veículos que estavam na concessionária dele foram apreendidos e levados em comboio para a sede da PF. “A gente não teve o à totalidade dos autos do inquérito então desconheço esse nome e até aonde a gente sabe ele não tem envolvimento nenhum. Nós já pedimos habilitação nos autos para que a gente tenha o a todos os documentos, à investigação em si, o que que levou a essa busca e apreensão na casa do meu cliente, para que daí a gente possa tomar as providências cabíveis, que é a restituição dos veículos, que são de clientes, de terceiros, não são nem dele”, comentou o advogado.

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internacional, lavagem de dinheiro praticada por organização criminosa, dentre outros crimes. – Foto: Reprodução PF
O grupo supostamente era chefiado por Paulo Márcio Ribeiro Santos, que está preso desde 2020 após uma apreensão de 800 kg de droga. O advogado dele, Paulo Roberto, disse que a operação vai esclarecer os fatos. “Não tem prova contra ele, mas também não tínhamos ainda condição de saber quem era o dono desses entorpecentes. Com isso eu creio que a polícia vai desvendar tudo isso”, disse.
Durante uma entrevista realizada pelo veículo ‘TV Anhanguera’, o delegado Allan Reis explicou que o objetivo da operação desta quarta-feira (26) era acabar com a rede de apoio.
“O principal investigado já foi preso pela Polícia Federal de Araguaína. Ele era investigado pela PF de Rondônia, quando foi decretada a prisão preventiva e ele fugiu para o Tocantins. Aqui ele montou toda essa logística e no ano de 2020 a gente fez a prisão dele em decorrência de tráfico de 800 kg de cocaína. Hoje a operação tem o objetivo de desarticular todos aqueles que davam apoio logístico a esse investigado”,
afirmou.
A Operação 6a5o1x
A Operação Rota Caipira cumpre 195 medidas judiciais, sendo 28 mandados de prisão
preventiva, 95 de busca e apreensão em 14 Estados da Federação, apreensão de 16 aeronaves,
sequestro de 3 propriedades rurais e bloqueio de valores que pode totalizar 300 milhões de
reais, dentre outras medidas judiciais expedidas pela 1o Vara Federal de Araguaína/TO.
As investigações se iniciaram em novembro de 2020 com a apreensão de 815kg de cocaína,
na cidade de Tucumã/PA pela Polícia Militar do Estado do Pará, após troca de informações
com a Delegacia de Polícia Federal em Araguaína/TO.
Dinheiro no tambor 4n1q2g
Na manhã desta quarta-feira (26), durante a operação Rota Caipira, a Polícia Federal apreendeu uma grande quantidade de dinheiro escondida em um tambor. A investigação com medidas judiciais expedidas pela 1º Vara Federal de Araguaína, se concentra no tráfico internacional de drogas produzidas na Bolívia, Peru e Colômbia, que eram transportadas para o Brasil.
