Presente em grande parte dos alimentos industrializados consumidos diariamente no Brasil, o açúcar é apontado como um dos principais fatores para o avanço da obesidade no país e no mundo. Segundo especialistas, o consumo frequente e em excesso de refrigerantes, bolos, biscoitos e molhos prontos contribui para um ciclo de dependência alimentar e desequilíbrio metabólico que dificulta a perda de peso, mesmo diante de mudanças no estilo de vida.
De acordo com o médico gastroenterologista Mauro Lúcio Jácome, o açúcar atua no cérebro de forma semelhante a substâncias como a nicotina e a cocaína, ativando os centros de recompensa e criando um impulso constante por mais consumo. “É um ciclo de dependência. Quanto mais você consome, mais o corpo pede. Isso leva ao aumento do apetite e à dificuldade de controlar a ingestão calórica”, explica o especialista.
Estudos reforçam essa associação. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, mostrou que ratos alimentados com açúcar apresentaram sintomas de abstinência, como tremores e ansiedade, sugerindo que o organismo humano também pode reagir de forma semelhante.
O excesso de açúcar oferece muitas calorias com baixo valor nutricional. Com isso, além do risco de obesidade, há impacto na regulação hormonal do corpo, tornando mais difícil o emagrecimento e favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão e distúrbios metabólicos.
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