A “Operação Lavanderia” da Polícia Federal investiga crimes de lavagem de dinheiro praticados por empresários do setor de eventos, nesta terça-feira, 22. De acordo com o comunicado, a ação cumprirá 14 mandados de busca e apreensão em Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, e nas cidades paulistas de São Paulo, Santo André e Barueri.
Segundo as informações, os supostos crimes de lavagem de dinheiro seriam praticados por empresários residentes no Tocantins com transações de recursos de uma empresa paulista, aparentemente de fachada.
“As investigações apontaram que os empresários investigados estariam realizando transações financeiras e imobiliárias com a referida empresa, diretamente ou por meio de interpostas pessoas. Alguns dos investigados já foram citados em outras ações da Polícia Federal, como nas operações Ápia, Carta Marcada e Naum”, afirma o comunicado.
Entre os alvos de investigação está o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos. A Justiça Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal do político, mas não há mandados contra ele.
De acordo com a PF, os empresários relacionados nas investigações atuariam na área de eventos no Tocantins e já firmaram diversos contratos com o Estado e municípios em contratos que am de R$ 45 milhões.
Caso Igeprev
Ainda segundo a investigação, a operação tenta esclarecer possível lavagem de recursos oriundos do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (IGEPREV). A empresa alvo da operação recebeu quase R$ 2 milhões de reais de outra empresa destinatária de recursos do Instituto, em 2014.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que somadas, podem chegar a 18 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente da infração penal.
