O avanço das tecnologias, principalmente se tratando de Inteligência Artificial, é o assunto que está em alta em todas as áreas da sociedade, dizem os especialistas que logo se tornará o novo paradigma. Se tratando da educação, assim como as primeiras tecnologias, aquela preocupação dos professores gira em torno da utilização de I.A. para fraudes acadêmicas.
Agora imagine comigo, o quanto isso não se assemelha às mesmas preocupações em relação às calculadoras, que eram objetos proibidos (quase repudiados) nas escolas nas décadas adas, pois “desestimulavam o raciocínio próprio dos estudantes”, hoje em dia se tornando uma ferramenta essencial, principalmente para quem busca realizar cálculos mais sofisticados. E há quem não tenha ideia de como utilizar uma calculadora científica.
Compreendemos que, não basta ter posse de um recurso, mas é necessário saber utilizá-lo e como aprendemos a utilizar? Exatamente, adquirindo conhecimento! Entregue um smartphone a uma pessoa com pouca ou nenhuma instrução e lhe diga para pedir uma pizza, em um app de compras online e você concluirá que as tecnologias não são, necessariamente, um meio de burlar ou fraudar sistemas, mas uma forma de aprendermos novas habilidades e competências.
Surge o Chat GPT com respostas bem elaboradas à perguntas de trabalhos e provas, mas para se ter uma resposta bem elaborada é necessário fazer uma pergunta bem elaborada que, por sua vez, requer uma pessoa que saiba bem o que está procurando, você compreende que de toda forma vamos adquirindo conhecimento legítimo?
Em pouco tempo, tanto os alunos, quanto os professores, irão perceber que utilizam inteligência artificial apenas como ferramentas, que auxiliam na construção de conhecimento, algo que inclusive é incentivado pela BNCC, que tem entre as suas 10 competências a cultura digital.
Nosso grande desafio nesse sentido é nos adaptarmos a um mundo em que as I.A.’s existem e são utilizadas para as mais diversas atividades, assim como com o surgimento da máquina a vapor, o trabalhador braçal não pôde simplesmente fechar os olhos ou condenar a humanidade, mas se adaptar e aprender a utilizar a máquina e assumir uma nova função na produção. Não devemos pensar que estamos próximos de viver no futuro onde John Connor e a Resistência, lutam contra a Skynet (explicação de referência ao Exterminador do Futuro, aos mais jovens ou menos nerds).
