O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) tem se destacado no apoio ao desenvolvimento sustentável na Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal/Cantão, ao fortalecer a cadeia produtiva do camu-camu (Myrciaria dubia). Fruto amazônico reconhecido por seu alto valor nutricional e propriedades medicinais, o camu-camu se tornou uma oportunidade econômica para comunidades ribeirinhas e agricultores familiares.
Na cidade de Araguacema, uma das regiões que compõem a APA, o Naturatins atua junto a agricultores, mulheres extrativistas e brigadistas locais para viabilizar práticas de manejo sustentável do fruto, encontrado às margens do rio Araguaia. Além de capacitação e e técnico, o instituto facilita a comercialização e o transporte, conectando os produtores a mercados regionais e nacionais.
O supervisor da APA, Fábio Dias, destaca que a iniciativa não se limita ao fomento econômico. “É uma forma de valorizar nossos biomas e ao mesmo tempo gerar renda de maneira sustentável para as populações ribeirinhas”, explicou.
Bioeconomia em evidência 6q284t
A cadeia produtiva do camu-camu também ganha espaço em eventos como a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins). Nessas ocasiões, pequenos produtores apresentam seus produtos, como geleias e xaropes, ampliando a visibilidade do fruto.
Solange Ferreira da Silva, moradora de Araguacema, conta que encontrou na produção de geleias uma nova fonte de renda. “Há anos usamos o camu-camu em casa, mas foi há três anos que comecei a fazer geleias para vender. Desde então, venho me dedicando mais. Ele agora representa uma renda fixa e uma forma de preservar a natureza”, afirmou.
Maria Aparecida Fragoso da Luz, outra moradora da região, relata como começou a trabalhar com o camu-camu recentemente. “Faço sucos e geleias, aprendendo aos poucos. Muitas pessoas aqui falam dos benefícios do camu-camu, especialmente para a saúde, como no tratamento de gripes”, disse.
Camu-camu: uma riqueza natural 2n102v
Com alta concentração de vitamina C, propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o camu-camu reforça o potencial de uma bioeconomia sustentável no Tocantins. Além de preservar a biodiversidade, a produção do fruto promove a autonomia das comunidades locais, que assumem o protagonismo na valorização de seus recursos naturais.
